Chapter 11: chapter 11
"Príncipe herdeiro", cumprimentei, oferecendo uma leve reverência. "Que honra."
"Zephyr Delacroix", ele respondeu, sua voz profunda pingando desdém. "Eu esperava que você estivesse ocupado causando problemas em outro lugar."
Mantive o sorriso nos lábios, mas senti um leve arrepio na espinha. Aquele homem era tão frio quanto sua reputação sugeria, mas havia algo em seus olhos vermelhos que me intrigava. Eles brilhavam com uma intensidade difícil de ignorar, como se houvesse algo mais por trás daquela fachada de príncipe arrogante.
"Causar problemas é um dos meus talentos, príncipe herdeiro", respondi, meu tom leve e despreocupado. "Mas hoje, estou aqui apenas para... socializar."
Ele levantou uma sobrancelha, claramente cético. "Socializar? Você? Isso é novo."
"Ah, você sabe como é", continuei, fazendo um gesto casual com a mão. "Até vilões precisam de uma pausa às vezes. Além disso, meu pai não pôde comparecer, então decidi representar a família Delacroix."
Cassius me estudou por um momento, seus olhos vermelhos brilhando com uma intensidade que deixaria qualquer um desconfortável. Mas eu não era qualquer um. Eu segurei seu olhar, inabalável, como se estivesse enfrentando um desafio.
"Seu pai", ele começou, seu tom mais sério. "Ele está bem?"
Inclinei a cabeça, surpreso com a pergunta. "Sim, ele está ocupado com assuntos militares. Mas, claro, ele manda lembranças."
"Seu pai sempre teve prioridades questionáveis", ele respondeu, sua voz profunda cheia de desdém. "Mas não é sobre ele que eu quero falar."
"Ah, então é sobre mim?" Eu provoquei, levantando uma sobrancelha. "Eu sabia que você não resistiria."
Cassius não respondeu imediatamente. Ele parecia estar me avaliando, como se tentasse decifrar minhas intenções. Algo sobre o jeito que eu falava, o jeito que eu me portava, parecia diferente. Ele não conseguia identificar bem, mas sabia que algo havia mudado.
"Bem", ele finalmente disse, seu tom mais frio, "espero que você se comporte. Este não é o lugar para suas... palhaçadas."
Eu ri, um som leve e despreocupado. "Palhaçadas? Eu nunca brinco, príncipe herdeiro. Tudo o que eu faço tem um propósito."
Ele não respondeu, mas seu olhar permaneceu fixo em mim por um momento antes de se virar e caminhar em direção a outro grupo de nobres. Eu o observei sair, sentindo o mesmo leve arrepio na espinha. Havia algo naquele homem que me intrigava — algo que eu não conseguia ignorar.
Enquanto eu me movia pelo salão de baile, cumprimentando nobres e trocando palavras educadas, não pude deixar de notar os olhares curiosos que seguiam Cassius. O príncipe herdeiro era o centro das atenções, como sempre, mas havia uma tensão no ar que eu não conseguia ignorar. Eu sabia que ele carregava um segredo — algo que o tornava ainda mais interessante.
"Chefe", Mateus sussurrou ao meu lado, trazendo minha atenção de volta à realidade. "Você deveria ter cuidado com o príncipe. Ele não é alguém para subestimar."
Olhei para Mateus, com um sorriso nos lábios. "Relaxa, Mateus. Eu sei o que estou fazendo."
Ele não pareceu convencido, mas não disse mais nada. Eu sabia que ele estava preocupado, mas não podia me dar ao luxo de hesitar. Eu tinha um plano, e Cassius era uma peça importante nele.
Enquanto isso, Bianca observava minha interação com Cassius de longe, seus olhos violetas brilhando de curiosidade. Ela sabia que algo estava acontecendo entre nós, e isso a intrigava. Bianca sempre foi perceptiva, e ela não gostava de segredos — especialmente quando envolviam seu irmão.
"Lady Bianca," uma voz suave chamou sua atenção. Ela se virou para ver Mateus, o leal assistente de Zephyr, parado ao lado dela. Ele parecia um pouco desconfortável, mas determinado.
"Sim?" Bianca respondeu, com curiosidade no tom.
"Eu... eu queria me desculpar por qualquer inconveniente que meu chefe possa ter causado", disse Mateus, evitando o olhar dela. "Ele pode ser um pouco... difícil de lidar às vezes."
Bianca riu, um som leve e melódico. "Difícil de lidar? Isso é pouco, Sr. Mateus. Mas não se preocupe, estou acostumada com as provocações do seu chefe."
Mateus olhou para ela, surpreso com sua reação. Ele esperava que ela fosse mais fria, mais distante, mas havia uma gentileza em seus olhos que ele não conseguia ignorar.
"Você é diferente do que eu imaginava", ele admitiu antes que pudesse pensar melhor.
Bianca levantou uma sobrancelha, intrigada. "E o que você imaginou, seu Mateus?"
Ele corou levemente, mas manteve a compostura. "Não sei... talvez alguém mais... arrogante."
Bianca riu de novo, e dessa vez, havia um brilho de diversão em seus olhos. "Bem, eu posso ser arrogante quando quero. Mas prefiro guardar isso para ocasiões especiais."
Mateus não conseguiu evitar sorrir. Ele estava começando a gostar dessa mulher, mesmo sabendo que ela era perigosa.
Decidi que era hora de agitar um pouco o caos. Eu sabia que Cassius estava me observando, e isso me divertiu.
Aproximei-me de uma jovem nobre que conversava com um grupo de damas. Ela era linda, com cabelos loiros e olhos azuis, e parecia ser uma das favoritas da corte.
"Senhorita", comecei, oferecendo um sorriso encantador. "Não acredito que tivemos o prazer de nos conhecer."
A jovem se virou para mim, surpresa, mas claramente lisonjeada. "Sr. Delacroix", ela respondeu, com um leve rubor no rosto. "É um prazer."
Inclinei-me um pouco, pegando sua mão e beijando-a com um gesto teatral. "O prazer é todo meu. Eu sou Zephyr, mas você pode me chamar de... charmoso."
As moças ao redor de nós riram, claramente impressionadas com minha ousadia. Eu sabia que estava chamando atenção, e era exatamente isso que eu queria.
Cassius, observando de longe, não conseguiu deixar de franzir a testa levemente. Ele não gostava da maneira como eu me portava, especialmente quando envolvia outras pessoas. Mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia tirar os olhos de mim.
Enquanto eu me movia pelo salão de baile, cumprimentando nobres e trocando palavras educadas, não pude ignorar os olhares curiosos que seguiam Cassius. O príncipe herdeiro era o centro das atenções, como sempre, mas havia uma tensão no ar que eu não podia ignorar.
Foi então que vi a oportunidade perfeita para provocá-lo.