Chapter 12: Deuses em Nova Valiria
Maegor II Targaryen e o Banquete Imperial
Maegor estava se preparando para o banquete com sua verdadeira família. Ele se olhou no espelho, analisando a aparência. Vestia roupas negras: botas de couro pretas, uma camisa preta com o símbolo do dragão de três cabeças bordado no peito, uma capa preta onde o mesmo símbolo era tipo, mas em branco, e uma calça preta combinando.
Seus olhos violeta brilhavam intensamente, refletindo determinação e poder. O cabelo louro-prateado, típico de sua linhagem valiriana, estava perfeitamente arrumado. Ele respirou fundo, ajustando a capa.
Na sala, sua avó e esposa, Rhaella, aguardava. Vestia um vestido vermelho deslumbrante que destacava suas feições, complementado por saltos negros elegantes. Ela caminhou até Maegor, aproximando-se silenciosamente, e o abraçou por trás, mordiscando suavemente sua orelha.
Rhaella: "Se não fosse o banquete, eu juro que o colocaria na cama e ordenaria que me destruiria completamente."
Maegor: "Quando tudo terminar... a Casa Stark vai pagar. Assim que você der à luz, juro que teremos muito mais tempo só para nós dois."
Rhaella colocou a mão em sua barriga de seis meses e transmitiu.
Rhaella: "Agora que a Companhia da Rosa recuperou o Norte e Torrhen Stark, o descendente do Rei que se ajoelhou, reconquistou suas terras..."
Maegor: "Estou pensando em levar Harrenhal para a nova Valíria."
Rhaella: "E por que ira toma o castelo de Harrenhal para esta nova Valíria."
Neste momento, Viserys Targaryen entrou no quarto, interrompendo uma conversa.
Viserys: "Estamos prontos."
Outros membros da família chegaram: Daenerys Targaryen, Aurane Velaryon, Lucy Qoherys, Rennifer Longwaters, Lorde Ardrian Celtigar, Shireen Baratheon, Gendry Baratheon acompanhados de sua esposa Mya Stone, agora Mya Baratheon, e Sineta Baratheon com Edric Baratheon.
Todos estavam vestidos em trajes luxuosos: preto, vermelho, verde, azul ou cinza. Seus acessórios de ouro – pulseiras e anéis – brilhavam à luz das tochas.
Maegor: "Vamos para o banquete."
Todos: "Sim."
Maegor deixou o quarto acompanhado por sua Guarda Imperial Vermelha. Caminharam pelos corredores em direção ao Grande Salão. O espaço era imponente, repleto de colunas de mármore polido, piso de madeira refinada, quadros decorados com folhas de ouro e estátuas representando dragões, vermes de fogo e símbolos lendários.
O arauto anunciou com voz firme:
Arauto: "Atenção! A família imperial está entrando!"
Todos no salão se levantaram, reverenciando Maegor II Targaryen. Ele era muito mais do que um imperador; ostentava títulos que reforçavam sua grandiosidade: Governador dos Valirianos, Roinares e Homens das Sombras, Protetor de Valíria e Essos, Salvador de Valíria, Guardião dos Povos Livres, Azor Ahai renascido, e Pai dos Dragões.
O ambiente permaneceu em silêncio absoluto enquanto os passos do imperador ecoavam pelo salão. Nobres das Cidades Livres – Lys, Pentos, Qohor, Norvos, Myr, Tyrosh, Volantis e Lorath – se levantaram, usaram peles finas e joias de ouro. Representantes de Bravos, do Reino de Ibben e das Ilhas de Verão fizeram o mesmo, acompanhando a entrada triunfal.
Na mesa destinada aos nobres de Westeros, havia tensão. Robb Stark, trajando cinza com uma capa preta e detalhes de um lobo, foi acompanhado por sua esposa Jeyne Westerling, Sansa, Arya, Bran e Rickon. Cada um usava roupas com detalhes que representavam a Casa Stark. Catelyn Stark, porém, sentado, o rosto firme.
Eddard Stark: "Catelyn, levante-se agora mesmo. Não estamos no Norte, e isso é um desrespeito à autoridade do imperador."
Catelyn: "Eu não vou me levantar para ele."
Eddard: "Levante-se agora mesmo! Você está nos envergonhando."
Ela hesitou, mas o olhar atento dos guardas imperiais foi suficiente para fazê-la reconsiderar. Um deles mudou-se, sua mão relacionada na espada.
Guarda Imperial: "Não se levantar para o imperador é um insulto ao mais alto nível."
Sor Brynden Tully para a sua sobrinha:
Brynden: "Levante-se agora mesmo, garota. Peço desculpas em nome da minha sobrinha."
Relutante, Catelyn se declarou, enquanto os demais nobres de Westeros seguiram o exemplo.
Então, Maegor entrou no salão, acompanhado de sua família e seus dragões. Ele caminhava com autoridade, exalando força. Seu dragão verde, com escamas de um verde escuro, cor de musgo profundo, e olhos cor de bronze, o seguir. O imponente dragão deu uma volta pelo salão antes de deitar-se próximo ao trono.
Cada membro da família imperial chegou com seu dragão, que assumiu posições ao redor do salão, impressionando ainda mais os presentes. Maegor subiu nas escadas e sentou-se no Trono de Valíria.
No centro do salão, treze sacerdotes valirianos conjuraram uma magia. Uma chama colossal surgiu, subindo até o teto, iluminando o espaço com uma luz vibrante. A chama tomou forma humana.
Deuses Valirianos: "Hoje, pela primeira vez na história, os Deuses Valirianos descem ao plano mortal para abençoar este banquete. Este é um dia único e glorioso."
Os observaram, em estado de choque, enquanto os deuses assumiam formas humanas. O ambiente parecia congelar no tempo.
Sacerdotes: "Os deuses nos abençoaram! Este dia será lembrado para sempre na história de Valíria!"
Capítulo II: O Banquete dos Deuses
O salão estava imerso em uma atmosfera carregada de reverência e deslumbramento. Os nobres de Valíria, vestidos com suas mais finas vestes e adornos de ouro, estavam paralisados diante da manifestação divina. O ar se tornara denso, como se o próprio céu estivesse se inclinando sobre a terra. Cada olhar era de total incredulidade enquanto os Deuses Valirianos, com suas formas imponentes, começavam a caminhar entre os mortais.
Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, se erguia como uma sombra colossal, sua presença imensa aquecendo o ar. Cada passo dele fazia o chão tremer, e os nobres recuavam, temendo que sua chama devorasse tudo o que tocasse. Seu olhar dourado observava com uma frieza predatória, refletindo um poder que nenhum mortal poderia compreender.
Meraxes, a Deusa da Estratégia e da Vitória, com sua forma prateada e seus olhos verdes como esmeraldas, caminhava ao lado de Balerion. Sua presença era imponente, mas diferente; havia em seus passos uma precisão, como se cada movimento fosse o resultado de uma mente que havia calculado tudo com maestria. Ela não precisava de fogo ou destruição para impor seu domínio. Seu poder era da mente, da sabedoria e da antecipação.
Vhagar, a Deusa do Tempo e da Eternidade, pairava acima dos outros, suas escamas bronzeadas reluziam como se carregassem o peso de mil eras. Seus olhos azuis profundos pareciam carregar o segredo do universo, e cada movimento seu deixava um rastro de memórias, como se o tempo fosse dilatado ao seu redor. Ela não caminhava, ela flutuava, levando consigo os ecos de todas as épocas passadas.
Syrax, a Deusa da Prosperidade e Fartura, não estava no centro do salão. Sua forma dourada refletia a luz de todas as velas acesas, e seus olhos âmbar irradiavam uma sensação calorosa de bem-aventurança. Suas asas brilharam como campos de trigo ao vento, e as nobres começaram a sentir um desejo crescente por riqueza e abundância, como se tudo aquilo que tocassem fosse agora garantido pela sua vitória.
"Este é um momento divino", murmurou um sacerdote, seus olhos inchados de lágrimas diante da grandiosidade da cena. "Nunca antes Valíria conheceu um acontecimento como este."
Enquanto isso, os deuses secundários, mais próximos da multidão, observavam com intensidade, suas presenças menos opressivas, mas igualmente poderosas.
Shrykos, o Deus da Juventude e do Vigor, com suas escamas prateadas, se modificou de um grupo de jovens nobres. Seus olhos cintilavam como o sol nascente, e os mortais sentiam suas energias renovadas, como se uma força invisível os impulsionasse para a juventude eterna.
Vermax, o Deus da Sabedoria e do Conhecimento, foi próximo a um círculo de magos e estudiosos. Seus olhos refletiram as estrelas e o cosmos, como se tivesse uma visão infinitamente mais vasta do que qualquer mortal poderia compreender. Ele não falava, mas a cada olhar, uma nova ideia nascia nas mentes dos eruditos, e segredos milenares eram desvendados.
Caraxes, o Deus de Ira e da Justiça Selvagem, se posicionou ao lado de um grupo de guerreiros e juízes. Seu olhar flamejante parecia analisar cada um deles, medindo suas virtudes e faltas. A tensão não ar aumentava, como se sua presença trouxesse consigo a inevitabilidade de uma instabilidade que, se fosse necessária, seria realizada sem misericórdia.
Os 14 Deuses Originais observavam, suas manifestações mais sutis, mas não menos poderosas. Drakarys, o Deus do Céu e dos Ventos, se move silenciosamente entre os cantos do salão, sua presença quase etérea. Vaeryna, a Deusa da Magia e do Destino, emitia uma aura de mistério enquanto seus olhos prateados deixavam claro os destinos daqueles ao seu redor.
Kraelys, o Deus das Trevas e do Submundo, estava envolto em uma sombra intransponível, seus olhos opacos observando cada alma presente com uma indiferença gelada. Aelyth, a Deusa do Amor e do Sacrifício, observava os casais e alianças, seu olhar suave e compassivo, enquanto Thalerys, o Deus da Terra e dos Vulcões, se erguia com força, sua presença como um lembrete do poder indomável da natureza. Nyserion, o Deus da Ordem e da Governança, estava no centro, com um olhar que vislumbrava a harmonia do universo, mantendo o equilíbrio entre todos os aspectos da criação.
As vitórias dos deuses se estendiam como um véu sobre Valíria, e a grandiosidade do momento era palpável. O banquete continuava, mas nada mais importante. Os Deuses Valirianos estavam presentes, e o destino de Valíria estava, de alguma forma, sendo reescrito diante de seus olhos.
Meraxion, o Deus da Sabedoria e da Visão
Representação humana: Uma figura de beleza andrógina, com longos cabelos prateados que refletiam as luzes ao redor. Seus olhos brilhavam como pérolas, carregando o peso de mil futuros.
Meraxion observava com um sorriso discreto. "Força não é suficiente," ele disse com sua voz serena e afiada como uma lâmina. "A verdadeira vitória vem da mente, da habilidade de antecipar e manipular o futuro. Quem entre vocês pode provar que possui a visão para vencer sem batalha? Este é o verdadeiro teste."
Com um movimento delicado, um mapa tridimensional de Valíria surgiu no ar, brilhando com uma luz prateada. Cada nobre foi desafiado a traçar uma estratégia para expandir o império, enfrentando inimigos invisíveis, traidores na corte e recursos limitados. O peso das decisões revelava as mentes mais aguçadas.
Vhagor, o Senhor da Guerra e da Força
Representação humana: Um guerreiro imponente com armadura negra ornamentada e olhos como chamas alaranjadas. Ele carregava uma espada de aço valiriano forjada com runas que brilhavam.
"Domínio é força," Vhagor declarou com uma voz firme e ressonante. "Aqueles que não conseguem proteger sua terra e seu povo não merecem governar."
Ele desafiou os nobres a simularem batalhas estratégicas em uma arena mágica, onde ilusões de exércitos e dragões testavam sua liderança e coragem.
Nysarya, a Mãe da Vida
Representação humana: Uma mulher graciosa com longos cabelos dourados e pele como mármore branco. Ela usava um vestido verde que parecia feito de folhas vivas.
Nysarya se aproximou dos líderes agrícolas e artesãos. "A fertilidade e a fartura de Valíria são dádivas preciosas," disse ela. "Quem entre vocês garantirá que o ciclo da vida continuará, mesmo em tempos de escassez?"
Ela trouxe sementes douradas e pediu que fossem plantadas em terras inférteis. Aqueles que conseguiam fazê-las florescer mostravam sabedoria e harmonia com a natureza.
Thraxos, o Senhor do Fogo e das Forjas
Representação humana: Um homem musculoso, com pele avermelhada e cabelos negros em chamas. Seus olhos brilhavam como magma fervente.
"Fogo é criação e destruição," declarou Thraxos, sua voz ecoando como marteladas sobre metal. "Somente aqueles que compreendem ambos os lados do fogo podem dominar seu poder."
Ele convocou os ferreiros e artesãos a forjarem algo de aço valiriano, um teste de habilidade e paciência que revelava os mais talentosos.
Aelyra, a Provedora da Terra
Representação humana: Uma mulher de beleza serena, com cabelos que pareciam um manto de vinhas e flores. Sua pele tinha o tom rico da terra fértil, e seus olhos brilhavam como o orvalho ao amanhecer.
Aelyra caminhou graciosamente pelo salão, e a vegetação crescia onde seus pés tocavam o chão. Com uma voz suave, porém firme, ela se dirigiu aos agricultores e líderes responsáveis pelo sustento de Valíria.
"A terra é generosa, mas também exigente," disse ela, espalhando sementes douradas sobre a mesa diante dela. "Somente aqueles que compreendem suas necessidades podem extrair suas dádivas. É preciso equilíbrio entre o que se toma e o que se devolve, entre a fartura e a preservação."
Ela então conjurou um cenário mágico, uma terra devastada pela seca e pela exploração excessiva. Os agricultores foram desafiados a restaurar a fertilidade da terra utilizando sabedoria, criatividade e trabalho em equipe.
Os mais dignos demonstraram habilidade em reconhecer o que a terra precisava, plantando culturas que se apoiavam mutuamente, criando sistemas de irrigação eficientes e garantindo que cada recurso fosse usado de forma sustentável. Aqueles que falhavam viam suas colheitas murcharem, um lembrete de que a ganância e a negligência trazem apenas desolação.
Ao final, Aelyra sorriu para os que tiveram sucesso, sua voz cheia de esperança. "Vocês entenderam a lição. A terra floresce para aqueles que a respeitam. Que Valíria prospere sob a luz da harmonia com a natureza."
Naerys, o Senhor das Marés
Representação humana: Um homem imponente de pele azulada como o oceano profundo, com cabelos que ondulavam como as marés e olhos brilhantes como pérolas submersas. Sua armadura parecia feita de escamas e conchas, e uma capa transparente ondulava como espuma do mar.
Naerys ergueu-se diante dos marinheiros e navegadores reunidos, sua presença irradiando a força e a inconstância das águas. "O mar é ao mesmo tempo um caminho e um inimigo," proclamou, sua voz ecoando como o trovão das ondas quebrando contra rochedos. "Somente aqueles que compreendem sua dança e respeitam sua fúria podem sobreviver e prosperar em suas correntes."
Com um gesto grandioso, Naerys criou uma vastidão de águas no salão, transformando-o em um cenário de mares revoltos. Navios mágicos apareceram para cada navegador, desafiando-os a guiar suas embarcações através de tempestades conjuradas. Raios cortavam o céu, ventos uivavam, e ondas monstruosas ameaçavam engolir os barcos a cada instante.
Os navegadores enfrentaram desafios que testaram não apenas sua habilidade de manobra, mas também sua coragem e liderança sob pressão. Aqueles que tentaram lutar contra a força das águas sem estratégia ou respeito viram seus barcos naufragarem em redemoinhos.
No entanto, os que compreenderam os ritmos do mar, utilizando as correntes e os ventos ao seu favor, alcançaram o outro lado das águas mágicas, onde as tempestades cessaram e um céu sereno os recebeu.
Naerys, observando os que triunfaram, inclinou a cabeça em aprovação. "Vocês provaram seu valor, navegadores de Valíria. O mar recompensa aqueles que o respeitam e desafia os que o subestimam. Que suas jornadas sejam abençoadas com ventos favoráveis e águas calmas."
O banquete seguia em uma sequência de rituais solenes e discursos sagrados. Os mortais, embora maravilhados, sentiam uma pressão crescente. Cada palavra proferida pelos sacerdotes parecia estar imbuída de um peso cósmico, e os olhos dos Deuses Valirianos não se desviavam de ninguém. Seus olhares não eram só observações, mas também avaliações, como se cada gesto ou pensamento de um mortal fosse gravado em seus corações imortais.
Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, levantou a cabeça, seus olhos dourados como chamas observando atentamente um grupo de senhores guerreiro-valirianos. "Valíria foi forjada no fogo," sua voz ressoou, profunda e estrondosa, como o rugido de um dragão. "E é através do fogo que ela deve ser testada. Somente os fortes, aqueles capazes de controlar o fogo sem se deixar consumir, terão a verdadeira força para governar."
Com um gesto de suas garras, um círculo de chamas douradas se formou no centro da sala, e os guerreiros que se aproximaram de Balerion começaram a sentir o calor intenso da prova. A chama não queimava fisicamente, mas parecia consumir suas almas, desafiando-os a resistir ao poder avassalador do deus.
Meraxes, a Deusa da Estratégia e da Vitória, observava com um sorriso discreto. "Força não é suficiente," ela disse com sua voz serena e afiada como uma lâmina. "A verdadeira vitória vem da mente, da habilidade de antecipar e manipular o futuro. Quem entre vocês pode provar que possui a visão para vencer sem batalha? Este é o verdadeiro teste."
Ela levantou a mão e, diante de sua ação, um mapa tridimensional de Valíria apareceu no ar, brilhando com uma luz suave e prateada. Cada nobre e líder militar era desafiado a traçar uma estratégia para expandir o império, enfrentando inimigos invisíveis, traidores no seio da corte e recursos limitados. A pressão para tomar decisões acertadas aumentava, e as mentes mais aguçadas eram reveladas.
Vhagar, a Deusa do Tempo e da Eternidade, estava mais distante, mas sua presença era sentida profundamente. "O tempo é implacável," ela declarou, sua voz ressoando com uma calma que tocava a alma de todos. "Cada um de vocês será testado em relação ao seu legado. Qual será o impacto de suas ações nas futuras gerações? O que permanece quando tudo o mais se vai?"
Uma névoa espessa se ergueu ao redor de Vhagar, e os nobres foram transportados para cenários futuros, vendo os desdobramentos de suas decisões em séculos vindouros. Alguns viram seus descendentes prosperando, outros viram suas casas sendo destruídas pela ambição ou pela falta de sabedoria. O peso do futuro estava sobre eles, e cada escolha parecia ser a última.
Syrax, a Deusa da Prosperidade e Fartura, com seus olhos âmbar brilhando, se mudou de um grupo de mercadores e artesões. "As ameaças são um dom, mas também uma responsabilidade", declarou ela. "Não é apenas uma riqueza que deve ser preservada, mas também uma harmonia entre os recursos e as necessidades do povo. Quem entre vocês pode garantir que a abundância não será usada para o egoísmo e a destruição?"
Diante de suas palavras, os mercados foram desafiados a administrar vastas riquezas em uma série de testes econômicos. Seus negócios, suas colônias e suas terras estavam sendo avaliados. A verdadeira prova era a capacidade de manter a harmonia e a generosidade em tempos de grande poder.
Enquanto isso, os Deuses Secundários também fizeram suas manifestações. Shrykos, com sua aura juvenil, tocava os corações dos mais jovens presentes, desafiando-os a enfrentar seus próprios medos e inseguranças. Seus olhos brilhavam com uma energia vibrante, e cada jovem sentia um impulso de renovação, um desejo de deixar para trás as limitações da juventude.
Vermax, o Deus da Sabedoria, sorriu gentilmente enquanto observava um grupo de acadêmicos. "O conhecimento é o maior poder, mas o poder sem controle é como um fogo que consome tudo ao redor", disse ele, sua voz cheia de sabedoria eterna. "Quem de vocês pode provar que seu entendimento é profundo o suficiente para moldar o futuro?" Ele desafiou-os a decifrar enigmas complexos, testar seus conhecimentos sobre magia arcaica e os segredos esquecidos de Valíria.
Caraxes, o Deus de Ira e Justiça Selvagem, observava os juízes e líderes que se consideravam justos. Sua presença emanava uma força imensa, pois ele estava pronto para atacar a qualquer momento. "A verdadeira justiça não tem medo de fazer o que é necessário", ele disse, suas palavras úteis de intensidade. "Quem entre vocês pode garantir que, quando a verdade for revelada, o peso de suas decisões será apoiado?"
Enquanto os Deuses desafiavam os mortais, o ambiente se tornava cada vez mais denso e carregado com uma energia sobrenatural. O banquete parecia secundário agora; As conquistas dos deuses não eram mais apenas uma promessa de abundância, mas uma exigência de transformação. Valíria, um império forjado em força, magia e sabedoria, estava sendo testada nas mais profundas fundações de sua existência. E os mortais, enquanto enfrentavam as provas divinas, sentiram que o futuro de seu mundo estava se revelando diante de seus olhos, não mais apenas nas mãos de reis e generais, mas nas mãos dos próprios Deuses Valirianos.
Capítulo IV: A Coroa da Eternidade
O banquete tinha sido interrompido, e agora a grande sala parecia mais um campo de provas divinas. A tensão não era palpável, o futuro de Valíria pendente sobre os ombros de seus nobres e heróis. Mas havia algo ainda mais poderoso e misterioso no jogo, algo que nenhum mortal ousava sequer mencionou em voz alta. No centro do salão, flutuando entre os Deuses Valirianos, uma reluzente peça de poder aguardava seu momento — a Coroa da Eternidade .
A coroa, com sua forma intrincada e símbolos desconhecidos, era uma obra que transcendia o entendimento mortal. Seus metais não brilhavam como ouro ou prata, mas justificadamente foram forjados diretamente das estrelas, com cristais que emitiam um brilho etéreo. Suas sete pontas terminavam em pedras preciosas que, obviamente, pulsavam com uma energia viva — rubis, safiras, esmeraldas e diamantes de tonalidades inusitadas que refletiam não apenas a luz, mas também a essência do próprio tempo.
Dizia-se que a Coroa da Eternidade foi criada por Vaeryna, a Deusa da Magia e do Destino, em uma época em que os deuses ainda estavam em sua forma primordial, antes da ascensão dos dragões. Ela tinha o poder de conceder ao doador não apenas o controle absoluto sobre Valíria, mas também uma influência direta sobre o fluxo do tempo e o destino das almas. Aqueles que possuíram seriam capazes de manipular as linhas do futuro, garantir a prosperidade eterna e garantir que seu império jamais caísse.
A coroa foi glorificada acima de todos os mortais, em um pedestal feito de ouro e pedras raras, iluminada por um halo de luz divina que parecia emanar de Vhagar, a Deusa do Tempo e da Eternidade. Sua presença era silenciosa, mas seu olhar azul profundo percorria cada mortal na sala, como se pesasse suas almas, suas escolhas e, principalmente, sua capacidade de suportar tal poder.
"A Coroa da Eternidade não será dada a quem busca apenas o poder por si só", anunciou Nyserion, o Deus da Ordem e Governança, sua voz ecoando através das paredes de mármore. "Somente aqueles com sabedoria, equilíbrio e um verdadeiro entendimento do que significa governar com justiça, amor e sacrifício serão dignos de usá-la."
continuamente, uma onda de inquietação percorreu a sala. Para muitos, a Coroa representava o auge de seus sonhos, a chave para governar Valíria por toda a eternidade. Mas agora, com os deuses olhando diretamente para cada um deles, ficou claro que a ambição por si só não seria suficiente.
"A Coroa escolherá aquele que compreende que a modernidade não é um fardo, mas uma responsabilidade", declarou Aelyth, a Deusa do Amor e do Sacrifício, sua voz suave, mas cheia de autoridade. "Aquele que estiver disposto a sacrificar o que é mais precioso, por amor ao povo e à terra, será o único a merecê-la."
Os nobres e guerreiros presentes começaram a entender que a Coroa da Eternidade não era apenas um símbolo de poder absoluto, mas também de um sacrifício imenso. O que parecia uma glória inatingível se tornava, agora, uma pesada responsabilidade, um fardo para aqueles que não possuíam o coração puro e a sabedoria necessária.
Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, se mudou da coroa. "Este poder... deve ser controlado", ele murmurou, como se refletisse sobre algo muito profundo. "O fogo é belo, mas perigoso. Temos certeza de que quem, por digno de usar esta coroa, será capaz de lidar com o caos que ela traz."
Meraxes, com seus olhos penetrantes e refinados como lâminas, observava os presentes, seus pensamentos pesando sobre cada um. "Cada um de vocês tem sua própria guerra a lutar, suas próprias batalhas internas e externas. E a coroa... não será facilmente vencida. Aqueles que tentarem conquistá-la sem merecimento serão consumidos pela sua própria sede de poder."
Então, um silêncio profundo se instalou. Cada um dos presentes mortais sabia que este não seria um teste fácil. A Coroa da Eternidade não escolheria qualquer um. Ela escolheria aquele que fosse digno de moldar o futuro de Valíria de acordo com os designs dos próprios deuses.
Os olhos dos Deuses Valirianos se fixaram nos nobres, guerreiros, mercadores, juízes e acadêmicos, enquanto o destino da coroa se tornava cada vez mais claro. Quem se atreveria a buscar o poder absoluto, a coroa do destino e da eternidade? E, mais importante, quem seria capaz de suportar o peso das consequências de tal escolha? A verdadeira prova estava prestes a começar.
A sala ficou em silêncio, mas os corações dos mortais batiam com força, cada um ciente de que o verdadeiro teste para o trono de Valíria estava apenas começando.
Maegor, o Imperador de Valíria, ergueu-se do seu trono, a expressão impassível como a rocha. O peso da sala parecia aumentar com sua presença, e seus passos ecoaram pela câmara, reverberando nas mentes de todos os presentes. O Império Valiriano, com toda sua grandiosidade e poder, estava à beira de um novo capítulo, e os deuses observavam com um olhar que poderia destruir até o mais forte dos corações.
A Coroa da Eternidade, imersa em um brilho hipnotizante, parecia chamá-lo, desafiando-o a tomar o que lhe era devido. Mas havia algo em sua aura, algo que fazia o próprio ar tremer. As palavras de Vaeryna, a Deusa da Magia e do Destino, cortaram o silêncio da sala com a precisão de uma lâmina afiada.
"Prove que você é digno, Imperador", disse ela, sua voz ressoando nas paredes da câmara como um feitiço ancestral. Seus olhos brilhavam com o poder de séculos, e seus cabelos flutuavam como se fossem feitos de pura energia mágica. "A coroa não escolhe pela força ou pelo título. Ela escolhe pelo destino. E você, Maegor, será capaz de lidar com os destinos que ela carrega?"
Os deuses fixaram-se em Maegor, presenças de suas imponentes, desafiadoras, ao mesmo tempo em que carregavam uma leve ameaça. O Imperador não podia mais se esconder atrás de sua autoridade. Ele teria de enfrentar não só os deuses, mas a própria essência da coroa, algo que nem mesmo os maiores guerreiros de Valíria ousaram buscar.
Maegor sentiu o peso de cada olhar sobre ele, e por um momento, seus próprios pensamentos vacilaram. Ele sempre acreditou que seu poder vinha da sua força, da sua linha de sangue, do domínio de uma nação que tremia diante dele. Mas agora, diante dos deuses, isso parecia irrelevante.
Ele parou diante da Coroa da Eternidade, que brilhava intensamente. O fogo no fundo de seus olhos parecia responder, como se uma chama estivesse se acendendo dentro dele. A coroa estava viva, pulsando com a força de todos os poderes que já foram forjados e consumidos em seu nome.
"Se o destino está em minhas mãos", disse Maegor, sua voz grave e determinada, "que a coroa me mostra sua verdade. Eu não temo o caos. Eu sou o caos."
A câmara parecia estremecer com suas palavras, como se o próprio fogo de Valíria estivesse respondendo. Mas a ocorrência da coroa, ao invés de uma colhida calorosa, foi um desafio. O fogo da coroa se acendeu com uma intensidade avassaladora, suas chamas dançando como serpentes em busca de um alvo.
Vaeryna olhou atentamente, seu olhar astuto, calculando cada movimento de Maegor. Os outros deuses não disseram nada, mas os olhos deles estavam fixos nele, aguardando. O teste estava apenas começando.
"Mostre-me, Maegor", disse Vaeryna em uma sugestão quase imperceptível, "se você realmente entende o poder que está diante de você. O que é mais forte? O destino que você acredita que controla, ou o destino que você está prestes um enfrentamento?"
A Coroa da Eternidade parecia testar a resistência do Imperador, desafiando-o a provar sua verdadeira força, não só física, mas mental e espiritual. Maegor primeiro entendeu que, para usar a coroa, ele precisaria mais do que apenas ambição ou poder. Ele precisaria ser capaz de moldar o destino de todos que o seguissem, sem sucumbir à mesma força destrutiva que ele buscava controlar.
Maegor sentiu a energia da coroa pulsando contra sua pele, como se o próprio fogo de Valíria estivesse tentando penetrar em sua alma. Ele segurou o fôlego por um momento, sentindo a calorosa pressão de seu poder crescendo, testando suas defesas. Sua mão, ainda estendida em direção à coroa, começou a suar, mas ele não recuou. Cada nervo em seu corpo estava alertado, os instintos de um imperador endurecido pela guerra e pela política despertando.
Os deuses permaneciam silenciosos, suas figuras imponentes e distantes, mas a tensão no ar era palpável. Maegor sabia que o teste não seria simples. O fogo que consumia tudo à sua volta não era uma chama comum. Era a essência mesma de Valíria, da destruição e da criação. O poder que ele procurava controlar era, ao mesmo tempo, sua maior força e sua maior fraqueza.
Vaeryna observava com um sorriso enigmático. Seus olhos brilhavam com a luz da magia antiga. "Você ainda não entende, Maegor", disse ela, sua voz suave, mas cheia de uma autoridade que atravessava os séculos. "O poder que você busca não pode ser domado por pura força de vontade. Nem mesmo o fogo pode ser aprisionado sem destruir aquilo que o contém. Você está disposto a perder tudo o que é seu para conquistar o que deseja?"
As palavras da deusa ecoaram na mente de Maegor, desafiando sua visão de mundo. Ele pensou nas inúmeras batalhas que havia travado, nas mortes que causara, nas cidades que destruíra. Ele sempre acreditou que o controle absoluto era a chave para garantir o império. Mas agora, diante da coroa, as certezas que ele carregava por tanto tempo começaram a se desfazer.
"Eu estou preparado para tudo", respondeu Maegor, sua voz agora mais firme, embora uma dúvida sutil se esgueirasse em seu coração. Ele sabia que o poder da coroa era imenso, mas ele ainda acreditava que, ao tomá-la, poderia transformar esse poder em sua própria vontade, subjugando até mesmo os deuses.
O fogo da coroa respondeu, mas não de maneira acolhedora. Ele subiu rapidamente, consumindo o ar ao redor de Maegor, dançando em espiral como uma serpente imensa. O calor aumentou, e o Imperador sentiu a pressão aumentar ainda mais, como se a própria coroa o estivesse testando, desafiando-o a se entregar ao caos. Seus braços estavam queimando, mas ele não se moveu. O império, sua linhagem, sua ambição... tudo isso estava em jogo.
De repente, o fogo recuou, e uma visão apareceu diante dele. A sala se transformou, os deuses desaparecendo e deixando lugar para uma paisagem devastada. Montanhas em ruínas, rios secos e terras ardendo sob o calor implacável do sol. Valíria, em sua maior grandiosidade, agora era um campo de ruínas, um lembrete de que até mesmo os maiores impérios podem ser reduzidos a nada.
Vaeryna apareceu na visão, mas agora seu rosto estava sério, sem a leveza de antes. "Este é o futuro, Maegor. O que acontece quando se perde o equilíbrio. O que acontece quando o poder se torna maior do que o governante."
A visão mudou, e Maegor viu seu próprio rosto refletido nas ruínas. Ele estava sentado no trono de Valíria, mas ao seu redor, tudo estava consumido pelo fogo. Seu império, agora reduzido a cinzas, e ele, sozinho, observando a destruição que causara.
"Este é o preço da ambição desenfreada", disse Vaeryna, suas palavras agora penetrantes, como uma lâmina que corta fundo. "O destino não pode ser controlado. Apenas guiado. Se você busca controlar tudo, perderá tudo. Até mesmo a si mesmo."
A visão desapareceu tão abruptamente quanto apareceu, e Maegor caiu de joelhos, ofegante. O calor da coroa desapareceu, mas o peso da revelação permaneceu com ele. Ele olhou para a coroa, agora calma diante dele, como se estivesse esperando sua decisão. Ele sabia que o poder era tentador, mas a responsabilidade que o acompanhava era imensa.
Vaeryna, mais uma vez, se manifestou. "Você ainda pode mudar o curso, Maegor. Mas precisa compreender que o poder absoluto não é para ser tomado, mas para ser guiado. Você será o guardião, não o senhor da coroa."
Silêncio preencheu a câmara enquanto Maegor permanecia ali, os olhos fixos na coroa, as palavras da deusa reverberando em sua mente. O destino de Valíria, sua linhagem, e o império inteiro estavam agora em suas mãos. Ele teria que decidir: seria o mestre da destruição ou o guardião da eternidade? O teste não estava apenas em conquistar a coroa, mas em saber quando e como usar seu poder sem perder o controle.
Maegor, agora mais consciente do que nunca, estendeu a mão para a coroa mais uma vez, mas desta vez com um novo entendimento. A jornada para provar sua dignidade estava longe de ser concluída.
Maegor, com a mente turbulenta, estendeu a mão mais uma vez em direção à Coroa da Eternidade, mas dessa vez o movimento foi mais lento, mais ponderado. O brilho da coroa o desafiava, mas ele sentia algo diferente agora. A visão que acabara de testemunhar ainda queimava em sua mente, e, pela primeira vez, ele realmente ponderou sobre as palavras de Vaeryna. O império que ele tanto desejava proteger, o poder que buscava controlar... Tudo estava em jogo.
O fogo ao redor da coroa se aquietou, como se estivesse esperando a decisão final de Maegor. Ele sentiu o peso do olhar de cada deus, como se eles o observassem com uma mistura de curiosidade e julgamento. Cada passo agora importava, e não havia mais espaço para falhas.
Vaeryna observava em silêncio, mas havia algo em seus olhos, uma aprovação silenciosa que o encorajava a avançar. "Você começou a compreender, Maegor. Não é a força bruta que vai moldar o futuro, mas a sabedoria para lidar com o poder."
O Imperador respirou fundo e fechou os olhos por um momento, deixando que a dor da visão de Valíria destruída se dissipasse. Ele sabia que o império não poderia ser mantido apenas pela força de sua vontade. Era necessário equilíbrio, algo que ele nunca pensara ser verdadeiramente importante até agora. A coroa não era apenas um símbolo de poder; ela era o equilíbrio entre a criação e a destruição. E, para governar Valíria com sucesso, ele precisaria aprender a navegar entre esses dois polos opostos.
Quando abriu os olhos novamente, Maegor sentiu-se mais calmo. Ele estendeu a mão para a coroa, mas, dessa vez, com uma intenção diferente. Ele não a tomaria com pressa, com fúria ou desejo de dominação. Ele a tomaria com a consciência de que, para manter o império, ele precisaria governar com sabedoria, não com um punho de ferro.
Mas antes que seus dedos tocassem a coroa, uma voz ecoou na câmara, sombria e profunda.
"Você não será o único a decidir o destino de Valíria, Maegor."
Era Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, que se manifestava agora em toda sua grandiosidade. Seus olhos incandescentes observavam Maegor com intensidade, como se fosse um fogo que queimava sua alma. "A coroa não se submete a nenhum mortal, nem mesmo ao imperador. Ela decide quem deve governar, e isso não é algo que possa ser forçado."
O fogo em torno da coroa aumentou repentinamente, como se a própria essência da coroa estivesse reagindo a essas palavras. Maegor ficou imóvel, absorvendo a ameaça implícita nas palavras de Balerion. Ele sabia que, mesmo que estivesse mais consciente agora do que precisaria fazer, a coroa não estava disposta a conceder seu poder facilmente.
"Você já percebeu, Maegor", continuou Balerion, "que o poder que você busca não vem sem sacrifícios. A coroa testará todos que se aproximam dela, e sua busca por controle pode ser o maior de seus erros. A verdadeira força está em saber quando ceder, não quando lutar."
Vaeryna, que permanecia em silêncio, olhou para Maegor, como se testasse sua capacidade de entender a verdade por trás das palavras de Balerion. "A coroa, assim como o fogo, pode criar ou destruir. A escolha é sua, mas lembre-se: não será o fogo que dominará você. Será você quem dominará o fogo. Ou será consumido por ele."
A tensão na sala estava no auge, e Maegor podia sentir a pressão de todos os olhos sobre ele. O calor da coroa, o fogo da destruição, a promessa de poder... Tudo estava ao seu alcance, mas ele sabia que algo dentro de si precisava mudar. Ele não poderia mais ser o homem que pensava que poderia dominar tudo ao seu redor. Ele precisava ser o homem que entendia a responsabilidade do poder.
Com um gesto lento, Maegor retirou a mão da coroa. O fogo que o envolvia pareceu se acalmar um pouco, como se fosse uma resposta ao seu ato de recuo. Ele havia dado o primeiro passo, não em direção à conquista, mas para a compreensão.
Balerion e Vaeryna se olharam, e, por um momento, Maegor sentiu como se tivesse sido testado por algo muito maior do que ele mesmo. Ele olhou para os outros deuses, percebendo que nenhum deles estava disposto a dar-lhe a coroa sem uma batalha interna.
"Eu aceito o desafio", disse Maegor finalmente, sua voz forte e clara. "Mas eu buscarei a sabedoria necessária para governar. Se for para ser o governante de Valíria, não será por pura força. Será pelo equilíbrio entre poder e responsabilidade. Estou disposto a carregar o peso da coroa."
Vaeryna sorriu levemente, e Balerion observou com um olhar intenso, mas não disse mais nada. O silêncio caiu sobre a sala enquanto Maegor, agora mais ciente do poder que buscava, se afastava da coroa.
A sala parecia aguardar, como se o futuro de Valíria estivesse prestes a ser escrito. Maegor não sabia se estava pronto para o que viria, mas agora, mais do que nunca, ele sabia que a verdadeira luta começaria não quando ele colocasse a coroa em sua cabeça, mas quando ele finalmente compreendesse o que ela realmente representava.
E os deuses, observando em silêncio, sabiam que o verdadeiro teste de Maegor estava apenas começando.
Rhaella, com o coração pesado e os olhos fixos na Coroa da Eternidade, olhou para seu marido, o poderoso e imponente Maegor, e então para seu neto, ainda jovem e despreparado para os desafios do império, mas com uma chama de determinação em seus olhos. A sala estava envolta em um silêncio carregado, a tensão se espalhando como fogo incontrolável. Ela sentia o peso do destino sobre os ombros de sua família, e sabia que a decisão tomada por Maegor agora seria crucial não apenas para o império, mas para o futuro de todos eles.
Ela rezava silenciosamente, sem que os outros percebessem, com as mãos entrelaçadas em um gesto de prece. Rhaella sabia que a Coroa da Eternidade não escolhia apenas pela força, mas pela coragem, pela sabedoria e pela pureza do coração. Ela olhou para Maegor, e seu olhar se suavizou por um breve instante, lembrando-se dos dias antes de ele ser consumido pela busca incessante de poder, quando ele era mais humano, mais capaz de amar.
Mas aquele Maegor parecia perdido em algo maior do que ele mesmo, algo incontrolável, e ela temia que ele fosse arrastado por sua própria ambição. Ele não estava mais simplesmente defendendo Valíria, ele estava lutando contra os próprios deuses, contra os elementos mais primitivos do universo. Isso não era apenas sobre herança ou conquistas; isso era sobre o equilíbrio do mundo.
Ela olhou para seu neto, o jovem que, apesar de ainda ser um menino em espírito, trazia dentro de si uma grande herança. Ela sabia que ele era o futuro de Valíria, não Maegor, mas, no entanto, o peso da coroa recairia sobre os ombros de seu marido. O olhar dela se suavizou ao ver o neto com os olhos fixos no avô, ansioso para ver o que aconteceria.
Rhaella sussurrou uma prece em voz baixa, sem que ninguém a ouvisse, sem que ela própria soubesse se acreditava realmente nas palavras que proferia. "Que a sabedoria guie Maegor... Que a coroa escolha aquele que tem o poder de governar com coração, e não apenas com fogo."
Ela olhou novamente para a coroa, seu brilho incandescente refletido em seus olhos, e mais uma vez sentiu o peso daquilo que estava prestes a acontecer. O que quer que fosse decidido, Valíria nunca mais seria a mesma.
A sala, agora ainda mais silenciosa, aguardava o próximo movimento de Maegor. Rhaella sabia que a coroa não escolheria a pessoa mais poderosa. Ela escolheria aquele que tivesse a capacidade de dominar não apenas o império, mas o próprio destino.
Maegor, com um último olhar para a coroa, fez um movimento decisivo. A mão que estivera hesitante há pouco agora estava firme. Ele sabia o que tinha que fazer, e, ao tocar a coroa, uma onda de energia percorreu seu corpo, como se ele fosse imerso em chamas puras, quentes e destrutivas, mas que ao mesmo tempo lhe davam clareza.
Ele sentiu algo se acender dentro de si, algo mais profundo que o desejo de poder. Era um reconhecimento. Ele finalmente compreendeu as palavras de Vaeryna e Balerion. O fogo não o destruiria. Ele seria o mestre sobre ele.
Mas quando seus dedos tocaram a coroa, uma força maior do que ele imaginava se manifestou. As chamas da coroa se intensificaram, envolvê-lo em um manto de fogo puro, como se testassem sua resistência, sua capacidade de controlar o caos que ela geraria. A pressão era insuportável. Cada músculo de seu corpo parecia gritar, mas sua vontade se manteve inabalável.
Rhaella, observando tudo de longe, sentiu um medo indescritível. Seu coração estava apertado, e a prece que ela fizera parecia falhar diante da magnitude do que acontecia. Ela rezava não apenas pelo marido, mas por Valíria, por seu filho, e até mesmo pelo neto, pois sabia que o futuro estava sendo forjado naquele momento.
De repente, uma explosão de luz preencheu a câmara, e a sala inteira tremeu. A energia da coroa parecia tomar uma forma própria, uma consciência que se manifestava diante de Maegor. Os deuses estavam atentos, os olhos de Vaeryna e Balerion fixos nele, e uma expressão de compreensão começou a surgir no rosto do Imperador.
Maegor não era mais o homem que ele fora. Ele estava se transformando diante dos olhos de todos. O fogo que o envolvia agora não o consumia. Ele o controlava, moldava-o. A coroa não estava mais desafiando-o. Ela estava respondendo a ele.
Mas Rhaella ainda não estava certa se ele havia vencido o teste. A coroa era imprevisível. E ela temia que o verdadeiro teste fosse a capacidade de Maegor de manter o controle diante do que ele acabara de liberar.
No canto da sala, o jovem neto de Rhaella observava com olhos grandes, sem entender completamente o que estava acontecendo, mas sentindo o peso da responsabilidade que já começava a ser plantado em seu coração.
A decisão de Maegor tinha sido feita, mas a verdadeira prova estava apenas começando. E Rhaella sabia, com uma certeza amarga, que o império, e talvez até os próprios deuses, seriam agora testados da mesma forma que Maegor, e ela temia que nem todos saíssem ilesos dessa jornada.
A luz que envolvia Maegor, tão intensa e devastadora, começou a se dissipar gradualmente, como se a própria essência da Coroa da Eternidade tivesse finalmente reconhecido algo em seu portador. O fogo que o envolvia, antes uma força selvagem e descontrolada, agora parecia fluir em harmonia com sua vontade. As chamas não mais queimavam, mas dançavam ao redor dele, como uma extensão de sua própria alma, e o calor que antes era insuportável agora parecia um abraço, algo que ele poderia governar.
Rhaella, que estava de joelhos em prece, levantou os olhos lentamente, seu coração apertado com medo e esperança. O brilho da coroa agora não parecia ameaçador, mas radiante. O imperador havia passado no teste mais difícil: não o teste da força bruta ou da violência, mas o teste de saber ceder ao poder, de não ser consumido por ele, mas de guiá-lo.
Os deuses Valirianos, silenciosos e atentos, observaram com um interesse renovado. Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, tinha um olhar de aprovação sombria. Ele não parecia mais um juiz distante, mas uma presença que reconhecia o controle de Maegor sobre o fogo primordial. A coroa, essa entidade viva, sentia que seu novo portador tinha finalmente compreendido o equilíbrio necessário para governá-la.
Vaeryna, a Deusa da Magia e do Destino, se aproximou com um sorriso sutil. Seus olhos brilharam com um brilho de entendimento. "Você provou que pode controlar a chama, Maegor. Agora, ela é sua para guiar."
Maegor, com a coroa repousando suavemente em sua cabeça, sentiu um poder imenso, mas algo mais importante: uma responsabilidade maior do que qualquer coisa que ele já tivesse experimentado. Ele não estava mais imerso em uma busca de poder. Ele sentia a chama como uma parte de seu ser, um aliado, não um inimigo. Ele sabia que o futuro de Valíria não seria decidido pela violência ou pela tirania, mas pela sabedoria e pelo equilíbrio.
A sala ficou em um silêncio profundo, a tensão dissolvendo-se à medida que os deuses se afastaram, satisfeitos com o resultado do teste. Mas, para Maegor, isso não era uma vitória fácil. Ele sabia que a verdadeira prova ainda estava por vir: governar com o peso da Coroa da Eternidade não era uma conquista momentânea. Era um caminho de constante vigilância, de decisões difíceis, e de sacrificando seus próprios desejos pessoais pelo bem maior de seu império.
Rhaella, agora com os olhos cheios de lágrimas, se levantou lentamente e caminhou até ele, seus passos silenciosos e cheios de reverência. Ela olhou para a coroa, e depois para Maegor, seu olhar uma mistura de orgulho e preocupação.
"Você foi escolhido, Maegor", ela disse suavemente, "mas lembre-se: a coroa pode dar poder, mas também pode consumir aquele que não souber governar com sabedoria."
Maegor a olhou com a gravidade de alguém que acabara de perceber a magnitude do que havia alcançado. "Eu sei, minha esposa. Eu sei que o verdadeiro poder não está em dominar a coroa, mas em governá-la sem ser consumido por ela."
Ele olhou para o seu neto, um jovem com o olhar agora cheio de respeito, talvez até com uma pitada de temor. O que começara como um sonho de glória para Maegor agora se tornava uma jornada com um peso impossível de ignorar.
A coroa, agora imponente sobre sua cabeça, simbolizava a nova era para Valíria, e Maegor sabia que ele teria que ser mais do que apenas um governante poderoso. Ele teria que ser o guia de um império que, por tanto tempo, foi dominado pelo fogo incontrolável de seus antecessores.
"Que este império que sempre foi marcado pelo fogo agora seja guiado pela sabedoria da chama", disse ele, sua voz firme e decidida. "Eu tomarei este manto com o coração aberto e a mente focada."
O silêncio na sala era pesado, mas agora havia uma sensação de resolução. Maegor estava pronto, e Valíria, apesar das dúvidas e das provas, estava pronta para avançar sob sua liderança.
A Coroa da Eternidade aceitou Maegor, e o império, como sempre, continuaria sua marcha, mas agora com um novo imperador, um novo guia para levar Valíria por caminhos nunca antes explorados. O teste estava completo, mas o verdadeiro reinado de Maegor estava apenas começando.
Os olhos ardentes de Balerion, o Deus do Fogo e da Destruição, fixaram-se intensamente em Maegor, observando a cena com uma calma profunda, mas ameaçadora. O fogo ao seu redor parecia aumentar, a energia de sua presença quase palpável, como se ele fosse o próprio inferno personificado. A sala, que antes parecia ser preenchida com a tensão do momento, agora estava carregada de uma aura sombria, o peso de suas palavras ecoando na mente de todos os presentes.
Com a voz grave e imponente que reverberava como um trovão, Balerion falou, sua mensagem clara e direta, sem rodeios:
"Imperador," ele disse, sua voz reverberando nas paredes da sala, "você agora carrega a Coroa da Eternidade, um poder que transcende todos os limites mortais. Você não é mais um simples governante de Valíria. Você é o fogo que consome, a força que destrói e cria. Conquiste os Sete Reinos! Destroce a Fé dos Sete que os fracos adoram, e faça com que todos se curvem à verdadeira chama do destino."
Os deuses, que estavam observando em silêncio, agora pareciam distantes, mas suas presenças ainda eram palpáveis, como uma nuvem de nuvem sobre Maegor e seu império.
"Balegion," continuou o Deus do Fogo, "Vingue seus irmãos caídos pelos falsos deuses que buscam apagar o verdadeiro fogo. A Cidadela, com seus pretensos sábios e estudiosos, é um refúgio para as mentiras. Queimada, destruída, como os templos de mentiras que existem em todo o mundo. Sua ascensão não deve ser apenas uma vitória sobre os homens, mas uma que os force a aceitar a verdade da chama, a verdade do poder imensurável que você agora carrega."
Maegor, de cabeça erguida, ouviu as palavras de Balerion com uma força silenciosa. Ele sentia o poder da coroa em sua cabeça, e as palavras do Deus do Fogo estavam gravadas em sua mente, como um incitamento ao que poderia ser o próximo grande passo de sua ascensão.
Rhaella, ao lado de Maegor, sentiu a tensão no ar. Ela sabia que o império de Valíria poderia já estar à beira de um grande confronto, e as palavras de Balerion não ajudavam a aliviar seus temores. Ela olhou para Maegor, preocupado com o que ele faria com essas instruções de vingança. Não se tratava mais de Valíria. Agora, era sobre os Sete Reinos, sobre os deuses falsos e a religião que havia se espalhado como uma doença entre os povos.
Mas Maegor não hesitou. Com a coroa firmemente sobre sua cabeça, ele se virou para Balerion, e suas palavras foram tão imponentes quanto as do próprio deus.
"Eu ouvirei suas palavras, Balerion. Os Sete Reinos cairão, e aqueles que ousam seguir falsos deuses serão quebrados. A Cidadela será apenas cinzas sob minha vontade. Eu vingarei os caídos, e os verdadeiros governantes deste mundo serão os que entenderem o poder do fogo."
Rhaella, ao ouvir isso, sentiu um frio na espinha. Ela sabia que Maegor não falava apenas com a paixão de um homem recém-coroado, mas com a determinação de um imperador disposto a levar Valíria ao auge — ou à destruição.
O olhar de Balerion parecia satisfazer-se com a resposta. Seus olhos brilharam com uma intensidade aterradora. "Queimar, destruir, purificar. Que as chamas que você agora comanda consumam aqueles que se opõem a você. Não há mais espaço para fraqueza, Maegor. Este é o seu destino. Este é o poder que você buscou."
Com isso, Balerion se afastou, sua presença diminuindo, mas não desaparecendo completamente. Ele sabia que o que acontecia agora estava além de tudo o que Valíria já havia vivido. O imperador estava pronto para enfrentar um mundo muito maior do que o império que ele conhecia.
Rhaella, vendo o desfecho daquela reunião divina, sentiu um nó apertado em sua garganta. Ela não sabia mais se seu marido estava sendo guiado pelos deuses ou se estava se perdendo completamente no fogo que agora controlava. E, mais ainda, ela sabia que a guerra não estava apenas no horizonte de Valíria — ela estava prestes a tomar o mundo todo.
"Maegor," disse ela com uma voz trêmula, "você realmente quer fazer isso? Vingar a morte de seus irmãos e destruir o que está além dos mares? Não será um caminho sem fim, meu amor. O fogo consome... e não perdoe."
Mas Maegor, com a Coroa da Eternidade agora parte de seu ser, olhou para ela com um semblante resoluto. "O fogo não perdoa, mas também não esquece. E o império que eu construir será uma chama que jamais se apagará."
As palavras de Maegor ecoaram pela sala, como um juramento irreversível. Ele havia sido escolhido pelos deuses, e agora, com a vitória de Balerion, ele estava pronto para conquistar. A guerra pelos Sete Reinos era apenas o começo.